ROSAS VERMELHAS NA PORTA DE CASA

Rosas vermelhas na porta de casa

E o sol que a uns acalenta

E a outros consome em brasa

Rosas vermelhas na porta de casa

Beleza efêmera cor de sangue

A vida e seus espinhos

Rosas vermelhas na porta de casa

O tempo eterno, o tempo fugaz

Olhos que olham para frente

Almas que olham para trás

Aqui, meu nobre, a guerra

Suor e lágrimas regando a terra

No brilho eufórico dos dias

Sigo atônito meio à loucura que berra

Ruas ruidosas rangendo raivas, restos

Ressentimentos

Maníacos a perambular, perambulamos...

Consolando-nos com a ilusão do “um dia”

A agonia e o esplendor da vida

Portas de entrada e portas de saída

Formando juntos a mesma ferida

Estrada comprida

Vida

E rosas vermelhas na porta de casa