Acidentes perfeitos
Acidentes perfeitos
Renego o corpo degustado
Nas áureas da noite entorpecida
Embriago os momentos culpados
Consumo o corpo e sua vida
Decreto a morte de minha alma
No descontrole que me guia
Chorando a dor que não se afaga
Delineando-me de nostalgia
A língua corta feito aço nobre
Seu corpo vazio e preferido
Nas águas de um rio pobre
Afogo a culpa no interno grito
Sangue vivente de sentimentos
Esquenta e açoita meu tormento
Sacia-me de sonhos doentes
Na imagem desses vivos
Pairam-se verdadeiros sofridos
Os animais tornam-se gente