Incógnitas

De que me vale a inspiração,

da lua e o mar...

sem ninguem pra poder amar?

De um centimento maravilhoso

eu poder falar...

e dele jamais disfrutar?

Qual e o prazer de ter,

a melhor garrafa de vinho...

pra com ninguem beber?

De que me adianta,

a noite esistir...

se nunca poderei dormir?

Como se sente,

um cego surdo mudo ao viver...

se a ninguem ele pode ver,

ouvir ou com palavras responder?

De que me adianta respirar,

se minha vida...

se esvãe junto ao ar?

Apenas não adianta mais viver,

se a minha vida inteira eu passar

sozinho com ninguem a responder...