Máscaras
Usamos máscaras.
Malditas máscaras!
Invólucros que nos impõem.
Máscaras bizarras.
Cártulas que não deixa
sermos aquilo que somos:
humanos que sentem e pensam.
Máscaras de gaze.
Máscaras que passivamente
deixamos nos colocar
para fazermos parte desta
comédia que castra e pune.
Máscaras que sufocam.
Que machucam.
Que impedem de vivermos
vida própria.
Máscaras malditas.
Mortais máscaras.
Leonardo Lisbôa
Barbacena, agosto de 1999.
Caderno Transmutação