talvez
quando já é vasto o deserto e nele aprendi a caminhar
um oásis atrevido cresce mais que o devido
me deixando no centro como se tudo fosse feito apenas pra mim
e fico num berço de cheiros, cores e frescor de água doce
acreditando que nunca terá fim...
mas num giro repentino do tempo, tudo se desmancha no vento
deixando o sonho travestido de descontentamento
o que faz peso e dá medo é perceber que a surpresa é refinada ausência por saber que transeuntes caminham em terrenos de paz e minas de conflitos...
talvez o deserto e o oásis sejam únicas realidades...
e o sonho seja eu... colorindo e apagando
em cenários pre.escritos