Vamos então!

e não é que você esta aqui novamente,

me chamou pelo nome e isso em diversos estados, se faz possível antecipar tudo o que vai acontecer, de lá pra frente.

podemos sim ler o futuro na palma da mão do vento, e no meio das árvores,

se esconder.

eu quis sim, ler suas tatuagens e beijar seu pescoço,

com saudade do meu pescoço preferido, beijei o seu

sem encostar os lábios, mas com as pálpebras dos meus olhos

safados e indigestos

a postura coordena os fatos e o diálogo traz o aconchego,

já é hora de sair mas precisamos beber mais um pouco,

os cães e gata selvagem já me aceitaram,

podemos deitar ali?

o dia amanhece e os prédios lamentam suas idades avançadas,

meus amigos fotógrafos estão lendo tudo por aí e divulgando,

eu fotografo mas não imprimo, desaprendi a manipular eletrônicos,

meu dinheiro acabou.

já é hora de parar, respire, apenas respire,

conseguimos o que queríamos, agora vamos dormir por dias,

quando o inverno chegar nós iremos sem dúvida,

acordar.

de novo amanhã e outra vez o ontem,

arrepender-se do que? vamos sentar no chão e fazer um sarau!

vinho, cachaça, doces e melancolia

saudade do cheiro de roupas limpas.

o homem da gaita recolheu o chapéu,

o garçom sacudiu as toalhas,

meu lençol me chama e a insônia aguda convém,

quando se tem oportunidade, quando se tem ainda um pouco mais de oportunidade.

vamos então!

rdeorristt
Enviado por rdeorristt em 20/05/2014
Código do texto: T4812970
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