Quando fuço as gavetas...
Não estou procurando nada,
procuro algo que procurar.
Gavetas metáforas abertas e bagunçadas,
que eram para guardar e esconder
no fundo das metáforas gavetas
tudo aquilo que nem sei dizer...
que não sei sentir num fundo qualquer
de alguma gaveta aqui em mim,
bem no meio do peito, bem no meio,
ou no labirinto de onde nascem os pensamentos,
abismos, metáfora minha para profundezas,
a minha preferida para o que quer seja
essa tal morte, o oposto do começo,
o avesso de toda e qualquer sorte.
Não importa o medo que se tenha,
O perigo é o mesmo!
Se você luta ou dorme, a vida segue.
Se você se caga ou ri, a morte vem.
Se você faz que nem é com você
Tem um tudo de tudo que sabe.
A mim não cabe dizer que merda é essa,
essa coisa toda que não fizemos,
que nem quisemos, não escolhemos.
Não tenho ciência nem sabedoria,
desconfio até que nem poesia,
nem sei se tenho existência,
porque não fui criado, apareci.
Tenho só a demência dessa paciência,
sento e espero a hora de ir dormir.
Não estou procurando nada,
procuro algo que procurar.
Gavetas metáforas abertas e bagunçadas,
que eram para guardar e esconder
no fundo das metáforas gavetas
tudo aquilo que nem sei dizer...
que não sei sentir num fundo qualquer
de alguma gaveta aqui em mim,
bem no meio do peito, bem no meio,
ou no labirinto de onde nascem os pensamentos,
abismos, metáfora minha para profundezas,
a minha preferida para o que quer seja
essa tal morte, o oposto do começo,
o avesso de toda e qualquer sorte.
Não importa o medo que se tenha,
O perigo é o mesmo!
Se você luta ou dorme, a vida segue.
Se você se caga ou ri, a morte vem.
Se você faz que nem é com você
Tem um tudo de tudo que sabe.
A mim não cabe dizer que merda é essa,
essa coisa toda que não fizemos,
que nem quisemos, não escolhemos.
Não tenho ciência nem sabedoria,
desconfio até que nem poesia,
nem sei se tenho existência,
porque não fui criado, apareci.
Tenho só a demência dessa paciência,
sento e espero a hora de ir dormir.