O Rumo da Vida

O Rumo da Vida

Meu rumo é a equação sem incógnita,

Um foguete que voa sem velocidade supersónica,

Um acaso de um tempo abstrato,

Que me deixa sem nexo e sem tacto,

Minhas promessas foram feitas de algodão,

E se esvanecem no aperto da minha mão.

Meu rumo é a direcção do vento,

O Cata-Vento que me impele em movimento,

O risco do chão que indica o meu caminho,

E o desenho na areia que as ondas apagam devagarinho.

Fica o sinal de teu dedo a dizer vem...

E o sentido da vida que tento adivinhar no além !

O ponteiro da minha bússula trocou a direcção do Polo,

Não vi o magnetismo que me virou, e deixou a solo,

Não percebi a ciência que não cumpriu a lei do bom senso,

E no passar do tempo, fico cansado, e penso,

Meu mundo poderá valer pouco,

Mas é o meu, preciso agarrá-lo para não dar em louco !

Nenúfar 9/5/2007

Nenúfar
Enviado por Nenúfar em 09/05/2007
Código do texto: T481220
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