ENGANO NA SAUDADE
Na tela
quem dera era
ela pintada alada
molhada infame
dona da calçada
Uma proteção
foi intensa meditação
cuidado com a volta
é cumprida a ação
acalma o coração
Retrato dela
no verso moveu
dedicada silenciou
na hora do acordar
lacrimejou meu coração
Brilhante sol
continuou o nascer
veio tarde
seguiu noite
segurou o esmorecer
Nas dores
passando os anos
fervores de ânimos
fortificantes medíocres
que a alma alimenta.