A VERDADE DA PELE

Eu posso ser teu viés?

Aquele convés

Aberto p’ra receber

Qualquer coisa

Que deva ser

Trepadeira

De flores se abrindo

Na árvore inteira

Beirando o princípio

Desce flutuando

Em teu corpo

Ao início

És minha

Comecei seduzindo

Teu entorno

Cada veia sentida

Teu sangue aumenta

Volume

Corre quente

Aderente

Quando assumes

Quer meu gosto

Descendo

Sobre o corpo

Que teu corpo

Queira então

Meu oposto

Na antessala

De portas abertas

O que lá embaixo

É um espírito

Cá em cima

Sentirás-me vivo

Penetrando

As tuas verdades

Que mentes que não goza.