PERCEPÇÃO

O céu acabou.

Deixe que a geometria se arraste,

crestada pelo sol da anti-ogiva.

E lá estava a resposta para o futuro,

algo vago entre lentes reflexivas

e o que ficou atrás do horizonte esquecido.

Por longos anos e longas estradas,

o sonho compactou-se num sólido excêntrico

e a curva redesenhou a lógica das estruturas.

Agora somos todos notas suspensas no espaço,

alinhadas por uma pauta imaginária e irregular,

interpretando o que esteve ali, mas nunca houve.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 18/05/2014
Código do texto: T4811499
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