PERCEPÇÃO
O céu acabou.
Deixe que a geometria se arraste,
crestada pelo sol da anti-ogiva.
E lá estava a resposta para o futuro,
algo vago entre lentes reflexivas
e o que ficou atrás do horizonte esquecido.
Por longos anos e longas estradas,
o sonho compactou-se num sólido excêntrico
e a curva redesenhou a lógica das estruturas.
Agora somos todos notas suspensas no espaço,
alinhadas por uma pauta imaginária e irregular,
interpretando o que esteve ali, mas nunca houve.