Sou artista
Sou o artista de minha própria vida
No meu palco de desajustes
No espetáculo de minhas imperfeições
Com olhares que me filmam e me julgam
Me conjugam em tempos de sua própria cartilha
Não me venha com essas regras gramaticais
Não me venha prescrever como devo viver
Nada de imperativos!
Deixe-me cair, sucumbir, emergir
Em ilusões, desilusões
Erros, acertos...
Não me olhe
Não me fite
Não me siga
Não me sugue
Não quero sua receita de infelicidade
Farei eu a minha
Cale-se!
O meu show não tem roteiro!
Não me importo em cair sob a luz dos holofotes...
Cansei dos bastidores...
Sou artista da minha própria vida!