Lua pantaneira
 
Lá no poente onde o sol se esconde na mata
Surge iluminada, cortejada pela noite trigueira
Esta Lua pantaneira recebida em cantata
Pelos bichos da noite que a deixam faceira
Se derramando toda em lume cascata.
 
Eu faço o meu caminho em seu rastro brilhante
Seguindo solitário ouvindo silente a sinfonia
Afaga-me aos ouvidos na ternura da lua amante
E faz transbordar no meu peito essa intensa alegria
Sou destino, saudade, andança de um viajante.
 
A tua pele branca esparge uma luz que irradia
A doce lembrança nos braços da flor mineira
Que da pele morena exala perfumata alpinia
Exalando em encanto um frescor de roseira
As duas se olham despejando-se de alegria.

Belo Horizonte - 18/05/2014
Ademar Siqueira
Enviado por Ademar Siqueira em 18/05/2014
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