ENTRE UM E OUTRO


No vai e vem dos dias
Ao som da mais doce melodia
Segue a vida em harmonia.

Em sua alma, porém,
Vez ou outra
A inquietação impacta
Causa desassossego
A hora se faz morta.

O manto frio do outono
Vem cobrí-la com lembranças
Traz com ele a dor da saudade
Nessa hora ela apela para fé,
E espera pela primavera,
Que não é somente uma quimera.

Ela sabe,
Se há espinhos, nos caminhos do viver,
Pelas campinas e prados, moram as flores,
Que exalam doce frescor,
E escondem anjos.

No vai e vem dos dias,
Ao sabor dos amores e das dores,
Segue ela equilibrando-se,
Entre um e outro.


(Imagem: Lenapena)
Lenapena
Enviado por Lenapena em 18/05/2014
Reeditado em 18/05/2014
Código do texto: T4811252
Classificação de conteúdo: seguro