Passado das Estrelas
As vezes as lembranças nos rasgam
como um trovão rasgando o ar do céu ao chão
e me deu grande vontade de falar contigo
mas só pude lhe escrever uma canção
Uma cantiga, nada demais, eu acho
pois é imperfeita como seu pobre criador
longe da perfeição que uma vez conheci
longe de qualquer pedido ou favor
Eu queria lhe agradecer
por tudo que fez e que desfez
agradecer os insultos e enganos
por humilhar e engrandecer
Uma pessoa e tantas almas
um coração que não sabe porque bate
mas sei que é como um abismo
que se admira de long e não em combate
Os sopros divinos do ar lhe passam ao lado
obedecem e seguem seu caminho
não invade o abismo nem cruza a montanha
suave apenas segue sozinho
Assim somos tu e eu,
pobres solitários com um caminho a trilhar
talvez a morte nos una um dia
quando no céu formos enfim brilhar