AMOR PLATÔNICO
Que droga,
Estou me apaixonando de novo.
Eu não consigo conter,
Não consigo frear os meus sentimentos
Muito menos as minhas palavras.
O meu peito palpita em descompasso,
Logo o meu peito
Que só funcionava com sentimentos sombrios
De rancor.
A minha pele se arrepia por inteiro,
O meu estomago se contorce de medo,
Não presto a atenção num níquel que ela diz
Só penso em voar naqueles lábios maduros.
Preciso de café,
Ela me prepara sem açúcar.
Preciso dela
E isso eu sei que não terei ainda.
Ontem percebi que
Não sei o que está acontecendo comigo,
Não consigo entender nada do que estou sentindo.
Nossa,
Como me sinto bem quando estou com ela
Como não tenho medo algum
De tirar a minha máscara e ser o Mário.
Como negar o que está claro
Nos meus olhos vermelhos,
As minhas atitudes não me deixam mentir
Os meus joelhos trêmulos me denunciam.
Já não sou capaz de conter
Está fugindo totalmente do meu controle,
Está ficando evidente em cada poesia que escrevo,
Chego até a ficar com vergonha desse novo sentimento.
Sim,
Escrevo agora para ela,
E tenho medo que perceba
Antes que eu diga.
Morro de medo.
Tudo começando de novo,
Tudo tão rápido.
Quero que ela me leve,
Quero que me ensine o que a minha cabeça jovial
Ainda não está preparada para saber.
Quero dizer tudo que penso
Preencher o espaço cerebral da minha vida.
Criar em mim mesmo
O ser que sempre desejei ser
E que com ela,
Tenho a certeza que serei capaz de me tornar.
Talvez não tenha mais espaço na sua vida para mim
Mas saiba que já esvaziei o meu peito,
Deixando espaço de sobra
Para o meu amor por ti crescer.
Não tenho medo
De viver esse novo amor,
Só preciso revelar a verdade.