QUEM CONTA A HISTÓRIA?
A madeira talha
Como pedra que
Gralha ao toque
Assovio do vento
Caneta entorna
Um imenso sentimento
Na letra pra começar
As vozes
Ao longo de anos
São cantos solitários
Vendendo tempos
A quem queira
Se acaso uma
multidão inteira
torna-se glossário
do que pode vir
acasos são
fugas do elemento
raro
vão viver despossuindo
passe na ponte
p’ra outro lado
vês aquela água
que não pára
a beleza é uma
firmeza
do perfeito que
a vida faz nascer
o que nasceu
torna imperfeito
o que antes disso morreu
abrace um pedaço
do vasto campo
do espaço
e terás um pequeno
vestígio
de ouro polido
d’aquilo que não pára.