JURA
Mira - me com esses olhos azuis de água.
Fita - me com eles assim bem dentro de mim.
Veja - me inteirinho teu, espia - me sem mágoa
pois dar - te - ei o meu amor de agora até o fim
Qual mola comprimida por um tempo eu andei.
Desastrado em devaneio que quase me rende.
Hoje, enfim, novamente da verdade sou rei,
e é isso que agora à minha vida me prende.
Espero poder merecer - te completa comigo.
Desejo - te mais agora e assim também no porvir
amando - te para sempre, sem te oferecer perigo.
Desejo perdão sem ter direito a ter direitos.
Mas no escuro é que se pode por a vir
outros sentidos até então em nós recônditos.