VELHO SERTÃO MEU
Quando eu olho o ingazeiro,
Sinto falta
Da morena que tanto amei...
Formosa era ela, bela como
A flor de jenipapo.
Mas, quando de súbito,
Olho pro sol...
Sinto saudades daquele tempo
Em que rama verde era como
Amor no coração de menina
Quase moça.
É!... Agora...
Hoje me vejo na caatinga
Do nada, soluçando porque
Vivo engasgando-me com
Um punhado de poeira que é
A farinha do meu sustento apenas.
O que sobrou?...
Restou-me somente o amor
Que tenho por este velho
E tão maltratado sertão.
Meu sertão!...
Ah!... Paixão,
Velho no tempo, mas sempre
Jovem no meu coração...
Nada menos do que:
Minha razão...
... delirei...