MAS AINDA CAMINHO
Mas, ainda caminhos nas ruas,
E é cedo voltar!
Mas nas ruas há tantas cores, tantas pessoas,
E ninguém olhar meus olhos.
Nem pareço que sou poeta!
Embora ainda beba cada momento...
Nas ruas do Recife, só mim falta meu povo;
Salgadinho!
Tão musicais são meus passos,
Mas ainda não sei andar em notas,
Desenvolturas que aprendi como os homens,
Só me guarida a ser forte... triste! Eu quero ser humano!
Há uma rua que eu preciso pisa com os pés nus,
E neste chão é necessário que eu veja entregue.
Não sou estranho a quem me olhar nos olhos!
Mas quem tem meu corpo, nunca saberá de mim.
Mas, ainda caminho, mas ruas, e o recife e tão poético,
Que nunca fui triste nestas ruas,
Mas, ainda caminho, e quantas ruas andei sem saber aonde ir.
Eu sempre estava em Salgadinho....
Eu sempre vivi em Salgadinho,
E minhas ruas não me levavam há mim!
Partir... é uma ruas que começa em nós.
Mas, ainda caminho nas ruas,
Sem poemas novos,
Sem vida nova,
Sem amor novo...
Aliás, sem amor ainda!
Caminhos mas ruas...
Eu vou passando!