MAS AINDA CAMINHO

Mas, ainda caminhos nas ruas,

E é cedo voltar!

Mas nas ruas há tantas cores, tantas pessoas,

E ninguém olhar meus olhos.

Nem pareço que sou poeta!

Embora ainda beba cada momento...

Nas ruas do Recife, só mim falta meu povo;

Salgadinho!

Tão musicais são meus passos,

Mas ainda não sei andar em notas,

Desenvolturas que aprendi como os homens,

Só me guarida a ser forte... triste! Eu quero ser humano!

Há uma rua que eu preciso pisa com os pés nus,

E neste chão é necessário que eu veja entregue.

Não sou estranho a quem me olhar nos olhos!

Mas quem tem meu corpo, nunca saberá de mim.

Mas, ainda caminho, mas ruas, e o recife e tão poético,

Que nunca fui triste nestas ruas,

Mas, ainda caminho, e quantas ruas andei sem saber aonde ir.

Eu sempre estava em Salgadinho....

Eu sempre vivi em Salgadinho,

E minhas ruas não me levavam há mim!

Partir... é uma ruas que começa em nós.

Mas, ainda caminho nas ruas,

Sem poemas novos,

Sem vida nova,

Sem amor novo...

Aliás, sem amor ainda!

Caminhos mas ruas...

Eu vou passando!

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 15/05/2014
Código do texto: T4807926
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