Poema Macabro
Ao descanso eterno é o que pensava
E em seu jazigo descansava
E na morte a conheceu
Louca, demente e apaixonada
Sobre teu túmulo desperdiçou seu sangue e de outros
Muitas vidas muitos crimes
A necrófila sacrificou paixão, obsessão e demência
Jámais em vida se encontraram
Jámais olhares trocaram
Sobre teu túmulo uma placa a convenceu
"Jaz um homem que o amor nunca conheceu"
Fascínio, loucura, solidão a cometeu
Crimes cometeu até mesmo seu sangue ofereceu
Pra trazer de volta não hum homem
Não mais um ser, mais um mal
Um obscuro devorador de essências
Um amor fúnebre, nem deste mundo, nem de outro
Uma existência a parte
O amor da morte