Sol Negro
A noite amanheceu no horizonte,
minha visão buscou a direção Norte
de onde surgiu uma escada septenária
por onde subiam e desciam seres etéreos
empunhando espadas flamejantes
O Sol tinha doze raios negros
cada raio lembrou a runa Sig
e o canto das pequenas cigarras
ecoou sobre toda a paisagem
num uníssono: SSSSSSSSSSSSS
No solo, a víbora da profundeza
rastejou pela lama em zig-zag
com um profundo estigma no dorso,
era uma estrela de cinco pontas
ainda ferida, vertia sangue
Da nuvem, um raio riscou o céu.
Do centro do mundo anoitecido
emergiu uma torre abandonada
com uma sigla SS em mosaico
nos vários tons da pedra jade
O espectro da morte se fez Sol,
seus raios eram espadas negras
buscando por cada signo mundano
para arrancar o coração do peito
e lavar de sangue o Santo Sepulcro.