DO VERDUGO
Faces debruçadas
Sobre o pântano
Todo mistério
Da dúvida
Respira fundo
Um pouco da própria lama
Não causa espanto
O espanto
E a procura investida
Nenhuma palavra
Corrompe
Se for entendida
As aberturas
Se fecham a noite
à espera vinda
Do dia
a mágoa é um
Lobo faminto
Abrigo de labirinto
Onde ele mesmo
É outra caça
Revela o que invade
Instinto
Olhos esgotados
Demonstram
A incoerência de dormir
Sobre o mórbido
Já sólido
Quando desmancha
Lama que olhas
Adiante dos olhos
E nada te espanta.