Poesia Envenenada VII (Voz Corroída)
Quando a luz do sol foi negada,
Tornando o sonhador em pedaços,
Encarando seu espelho de mentiras,
A andar só pelo limiar da espada.
Roubaste a voz do cantor,
Arrancou os olhos do pintor,
Com um beijo ardente e puro
Envenena o poeta com o escuro.
Dançando para tuas estrelas
No túmulo de minha alma,
Sorrindo enquanto eu esmorecia,
Sangrando meu arco-iris ao preto e branco.
Sorria, Sorria, pois o tempo anda,
A voz corroída um dia voltará,
Lamente suas recordações apenas,
E só quando meu uivo escutar.