MEU ESCONDERIJO
 
                           
  
Tranquei-me em meu castelo, ensimesmada.
Fechei portas, janelas, ponte levadiça,
sem ter esquecido de nada.
Não deixei uma fresta sequer.
Fiz um casulo fofo e quente,
que protege meus segredos de mulher.
Se, por acaso, encontrares uma fresta,
foi puro descuido dos guardiões
e lamentar é tudo que me resta.
Se nos permeios te aventurares,
vá com cuidado, sem alarde, 
sem subtrair frutas dos pomares.
Sou menina crente de poderes
e me encolho para não ser descoberta,
mesmo que sejas especial entre os humanos seres.



 
 
MADAGLOR DE OLIVEIRA
Enviado por MADAGLOR DE OLIVEIRA em 13/05/2014
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