Selva de Pedra

Individualizado pelas cidades, pelas moradias,

Pelas necessidades, pela exclusão,

Pela indiferença,

Pelo vício,

Pela crença e

Pelas misérias...

O homem é o homem que caminha.

Obcecado pela ordem do poder,

Ora tomado pela vaidade;

Ora pelo prazer.

Busca compreender o que não entende.

Parindo um futuro que a gente nem quer ver.

São dores se arranhando nos muros.

Solidões nos escuros,

Assomando-se aos horrores de um passado,

Tão presente...

Crianças se tornando indigentes,

Filhos a mão armada matando gentes,

Sendo presos, comemoram friamente.

Haja coração para perdoar;

Leis para castigar...

E nenhuma resolução definitiva.

Dia a dia se comenta,

Briga por confusão,

Esperança pela morte certa,

Sendo a única salvação.