Do Mergulhador

Derramei lágrimas, a noite inteira

até encher meu grande rio do amor

depois nadei, porque sou um nadador

não me afogo numa dor corriqueira.

No meu rio, flutua você, minha flor!...

que é minha última-paixão-primeira;

só me seco, quando a saudade cheira

pois traz um deserto dentro do odor.

Agora, o sol já fechou a torneira...

encharcou a manhã com luz e calor

e posso fluir como um rio-pintor

posso me evaporar, feito chaleira

não posso, é cair...não sou cachoeira...

só caio quando sou seu mergulhador.

12-05-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 12/05/2014
Reeditado em 11/12/2015
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