ASES OBSCENA

Tenho que vociferar

Minha lágrima

Escorre vagamente

Entre seus lábios

Agora dormentes

Beijos dados

Pra deixar de lado

Tudo que passou

Um eu voou ao passado

Buscar elementos

De segredos contados

Depois do copo

Cubos de gelo

Sem mágoas

Ficarem espelhando

Nós dois transando

Parece por trocados

Sem amor

Tudo violado

Dentes venenosos

A devorar pecados

Dos gritos de pavor

De orgasmos

Num calor criando

Formas

Nas cortinas

Lá fora

Estranhos de uma teve

Ligada

Assistindo as curvas

Na dela pelada

Numa cavalgada

Que as mãos

Amarram cabelo

Que as mãos

Agarram cabelo

Viram-se

Tornam a vê-lo

agora como em cima

agarra cabelo

pra não soltar o clima

fera mulher

se deixa domar

pelo homem que escolheu