Sozinha
Você não sabe do que é capaz,
Um coração transpassado,
Pelos os avessos da vida que volvem uma alma...
Quando a ilusão faz morada,
Expulsa a razão,
E deixa no chão...
Sonhos despedaçados.
Uma vida ancorada, no limbo da estrada.
Sem motivo,
Sem gosto.
Com jeito de flor presenteada,
Com a certeza de enfeitar por momento...
Para morrer, sem deixar vestígios.
Só um embrulho bonito,
Escondido num canto qualquer.
É assim que me sinto!
Por isso fujo da paixão,
Por isso, fujo de você.
Incoerente sempre,
A me dizer mil loucuras...
A me mentir, de maneira deliciosa.
Congelo teu riso em minha memória,
Para te ter sempre aqui,
Perto de mim!
Com teu olhar, a acariciar meu corpo,
Arrepiar minha pele,
Deixando por onde passa, a vontade de ser toda absorvida...
Por teu imenso desejo,
Que me envaidesse e alucina.
E fico assim,
Pressentindo teu beijo,
Ânsiando por teu carinho!
Com medo desse sentimento...
Você não sabe do que é capaz
Um caração massacrado pela vida,
fico aos cacos, colado, bem frágil!
Não me faça morrer, mais uma vez.