NÃO SEI FAZER

Não sei fazer, não mais, poesia

Não sei fazer, então mais nada

Somente há lágrima caiada

Descolorindo minha alegria

Com estéreo pó da solidão...

Mas, porque não... Mas, porque não?

Talvez eu tenha muito orgulho

Então, excesso de humildade...

Meus pensamentos não debulho

Secaram a espiga e a claridade...

No fim me resta um arado

Enferrujado, e a terra seca...

A tiririca e um farpado

Arame... É tudo que me cerca.

Será preciso, o amor suado...

Renove a terra generosa

E assim eu colha o meu poema

E o jardineiro, a sua rosa...

Até um dia companheiros!

André Luiz Pinheiro