IAGÊ

Famigerado e decadente

exposto as vontades tuas

tendo sindo recorrido quando ausente

e recompondo a alma nua,

consumido pelo frio da ultima estrela cadente

que a deixou caído no olho da rua

tendo em ida sem condecedentes

alimento dos lobos que trituram a carne crua,

indefesso sem garras, sem dentes.

na dança pagã a alma flutua

o rio percorre o tempo com teus descendentes

volta as origens pela estrada que sinua

tendo bebido chá de cipo de espirito estridente,

sem querer voltar pra prisão que cultua

o corpo agora adstringente

a alma pende entre a porta e a e rua ,

pelo mal enraizado numa sociedade que ao fim perpetua

contaminado e abandonado por um Deus ausente

tambores que rufam minha pele que sua

tua boca sem a minha,

sinos que tinem e sorrisos sem dentes

indisposto a vida que procurei sem a tua

e te encontrei em raízes na selva amazônica.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 10/05/2014
Código do texto: T4801456
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