IAGÊ
Famigerado e decadente
exposto as vontades tuas
tendo sindo recorrido quando ausente
e recompondo a alma nua,
consumido pelo frio da ultima estrela cadente
que a deixou caído no olho da rua
tendo em ida sem condecedentes
alimento dos lobos que trituram a carne crua,
indefesso sem garras, sem dentes.
na dança pagã a alma flutua
o rio percorre o tempo com teus descendentes
volta as origens pela estrada que sinua
tendo bebido chá de cipo de espirito estridente,
sem querer voltar pra prisão que cultua
o corpo agora adstringente
a alma pende entre a porta e a e rua ,
pelo mal enraizado numa sociedade que ao fim perpetua
contaminado e abandonado por um Deus ausente
tambores que rufam minha pele que sua
tua boca sem a minha,
sinos que tinem e sorrisos sem dentes
indisposto a vida que procurei sem a tua
e te encontrei em raízes na selva amazônica.