Assaz crédula
E hoje iremos gritar pela revolução
De deixarmos de ser o que somos,
De flutuar diante da inconstância,
De sermos, apenas, humanos.
E hoje iremos nos recolocar
De onde nunca deveríamos ter saído,
De onde as vozes nos tocam,
De onde os medos nos assombram.
E hoje iremos transpor a realidade
Iremos ser apenas humildes e pequenos
Convictos da educação e do respeito.
Pois é verdade é agora comprada
E hoje pularemos da cama sem temer,
O mostro que nos consome todo dia
Pois sabemos o que somos, e diremos:
Não tememos o que é a vida.