De nada adiantou
Cantei as pedras
não fui ouvida
Arremessei argumentos
nada foi feito
Nosso sabor se esvaiu
como rio que corre sem pressa
l-e-n-t-a-m-e-n-t-e
sem olhar prá trás
Nosso riso solto se prendeu
em obstáculos intransponíveis
perdemos a liberdade
com parada obrigatória
Era tudo tão bom
nossos planos (nosso norte)
desenhados com carinho
de vida viraram morte
O amor – aquele que nos uniu
por teu orgulho foi dissipado
sem chances de retomada
eu – em trapos - caí nocauteada
Restou um alento:
eu avisei (inúmeras vezes)
eras o meu homem
não o meu rei
(27/04/2014)
Escrita para o Caderno Literário Pragmatha - tema: EU TI AVISEI!