sombreada

jorrar conforme o sulco

ou esparramar-se

pela planície

provar o gosto da terra

das pedras, das mangas

caídas, sombrear a parede

das casas, forrar o tempo

e as folhas secas;

o coração

morto de fome

se cura ao som do silêncio

transformar-se na abundância

de não querer ser nada do que

si é

amar o seu tempo

e não apenas a escadaria;

e caber em si mesmo

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 09/05/2014
Código do texto: T4800149
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