DESTINO

Destino não fui eu que tracei

Mas cada passo que tropecei

Em tanto barro que amassei

Formou-se a imagem que sou

Sigo sem estardalhaço

Ao certo não sei aonde vou

Talvez encontre um abraço

O aconchego de um regaço

Bateram dias de cansaço

Sede e fome deram aperto

Sem perder nenhum pedaço

Devorei fruta e o bagaço

Feriram-me estilhaços

Cometi erros crassos

Para tudo tem conserto

Recompus-me aos fracassos

Soube chorar e ser palhaço

Sei quanto queima o mormaço

Desconhecendo do assunto

Escutei sem embaraço

Há momentos em quem paro

A refletir e me pergunto

Corri tanto... por que? pra que?

Sabe? Responda-me... você...

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 09/05/2014
Código do texto: T4799979
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