ABSOLUTAMENTE
Uma carta que já não mais se escreve
para um endereço onde nada pertence.
Uma nova dobra na vibração da corda,
muito menor que o que a imaginação vê.
Isso não é futuro, pois tudo coexiste.
Já vi tudo antes numa casca de tempo
pendendo, dissoluto, coeso sem forma,
e por acaso, esse cinza nunca houve.
Hiperespaço de um cubo vazado,
cabe na mão, mas ainda interrompe,
cria o impensado geométrico e exala.