ABSOLUTAMENTE

Uma carta que já não mais se escreve

para um endereço onde nada pertence.

Uma nova dobra na vibração da corda,

muito menor que o que a imaginação vê.

Isso não é futuro, pois tudo coexiste.

Já vi tudo antes numa casca de tempo

pendendo, dissoluto, coeso sem forma,

e por acaso, esse cinza nunca houve.

Hiperespaço de um cubo vazado,

cabe na mão, mas ainda interrompe,

cria o impensado geométrico e exala.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 08/05/2014
Código do texto: T4799336
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