Na boca do povo

Na boca do povo

Na mão dos ricos

No punho dos pobres

Impensáveis aflitos

No mundo absurdo

Nas palavras de ódio

A justiça desperdiça

Seu valor mais simplório

Nas entranhas do desespero

A risada em exagero

Estão linchando mais um

E não faz sentido algum

Absorver quando não quer

Saber se é bruxa ou mulher

Aquela que arrastam

Para a justiça de deus

Sentinelas são os seus

Que sempre odeiam injustiça

Que com ódio da verdade

Tortura, agride, e invade

A pobreza de quem não tem

Da verdadeira justiça

Um mísero vintém...