IMORTALIDADE

Como morrerás,

se o brilho dos teus olhos

está gravado em minhas retinas?

Como morrerás,

se o som do teu riso

e do teu pranto

estão gravados em meus ouvidos?

Como morrerás,

se o toque das tuas mãos

está tatuado na minha pele?

Como morrerás,

se as palavras da tua boca

fizeram ninho no meu coração?

Como morrerás,

se o teu coração pulsa

na memória dos meus sentidos?

Como morrerás,

se estás, para sempre,

vivo em minhas lembranças?

Como morrerás,

se a minha alma

e a tua alma

dançam na imortalidade

do que é infinito?

Lígia Spengler
Enviado por Lígia Spengler em 06/05/2014
Código do texto: T4796867
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