TAIPEIRO
Coleio de pedra
Cobra do horizonte
Escorrendo coxilha abaixo
Pedra sobre pedra o taipeiro
Marca a geografia dos campos
E dos séculos
Bebe água dos banhados
Refúgio noturno de estrelas
Com sol e lagartos compartilha
Solidão coletiva dos bois
E nas primeiras notas vermelhas
Antes da escura tinta
Deita caminho ao mundo dos homens
Para na madrugada voltar lépido
Ao leve mundo das taipas