QUEM DERA
Quem dera ver-me nesse instante;
Em seus olhos loucamente refletido
E o prazer sereno e úmido entre gemidos,
Inundar lentamente a alma e a mente.
Quem dera alcançar o seu inalcançável
E ver de lá o que os
teus sonhos veem.
Mergulhar no teu abismo sem fim e além
E poder contemplar enfim o inimaginável.
Quem dera sentir-me outra vez parte de ti;
Sem saber onde começo ou termino.
Sem sentir-me passageiro ou infindo,
Apenas num instante intenso te redescobrir.
Quem dera por fim, me encontrar;
Perdido de desejo e de prazer.
Pois, se é ser feliz de amor morrer;
Morrerei todos os dias nesse amar.