Na tentativa quase inútil de dormir
e mais inútil ainda de querer sonhar
espero pelo sono,
que talvez, chegue lentamente
As pálpebras pesam, o mesmo peso
do desejo de dormir
Os pensamentos criam asas e mais asas,
e povoam minha cabeça
na lucidez estúpida do cérebro
que não descansa
Imagino todas as coisas possíveis,
e impossíveis...
Espero pelo sono que trará sonhos
porque há muitos sonhos,
Sonhos de viver a vida em festa
por lugares extraordinários
revivendo novamente a alegria infantil
de um mundo colorido e imaginário
Mas a mente é traiçoeira
e rouba meu sono, zombeteira
E no rolo compressor que não cessa
Desisto...
E me entrego ao silêncio da madrugada
que em confronto com minha mente
procura acalmar a alma insone
para dar sentido a vida,
e ao novo dia, que em instantes surgirá!