_ Minha casa _
Minha casa é de madeira,
Feita de jacarandá;
Tem varanda e uma soleira,
De palmeira-carandá!...
Onde eu fico de bobeira
A exalar o resedá —,
Na beleza d’uma princesa,
Deslumbrando a Natureza!
No quintal de minha casa,
Tem uma enorme cachoeira,
Que deságua em águas rasas,
Nu’a ardorosa corredeira...
Onde as aves molham as asas,
Vindas lá das cordilheiras...
Trazem o afago a esta morada,
E à minha Ninfa enamorada!
Vivo um idílio eternamente,
Em seu colo, à imensidade...
A adornar o amor fremente,
Sinto o ardor da liberdade!...
Vou cantar liricamente,
Em sua eterna mocidade,
Pois não vi u’a só mudança,
Em suas tranças de criança!
Nasce a Lua, reluzente,
Despontando atrás das matas,
Tão formosa e incandescente,
A brilhar sobre as cascatas...
Num esplendor — constantemente,
Reluzindo u’a cor de prata!...
E as estrelas, flamejantes,
Resplandecem exuberantes!
Pacco