_ Minha casa _

Minha casa é de madeira,

Feita de jacarandá;

Tem varanda e uma soleira,

De palmeira-carandá!...

Onde eu fico de bobeira

A exalar o resedá —,

Na beleza d’uma princesa,

Deslumbrando a Natureza!

No quintal de minha casa,

Tem uma enorme cachoeira,

Que deságua em águas rasas,

Nu’a ardorosa corredeira...

Onde as aves molham as asas,

Vindas lá das cordilheiras...

Trazem o afago a esta morada,

E à minha Ninfa enamorada!

Vivo um idílio eternamente,

Em seu colo, à imensidade...

A adornar o amor fremente,

Sinto o ardor da liberdade!...

Vou cantar liricamente,

Em sua eterna mocidade,

Pois não vi u’a só mudança,

Em suas tranças de criança!

Nasce a Lua, reluzente,

Despontando atrás das matas,

Tão formosa e incandescente,

A brilhar sobre as cascatas...

Num esplendor — constantemente,

Reluzindo u’a cor de prata!...

E as estrelas, flamejantes,

Resplandecem exuberantes!

Pacco

Pacco
Enviado por Pacco em 05/05/2014
Reeditado em 08/12/2014
Código do texto: T4795333
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