Calmaria
Não sou dada à calmaria
Rasgo momentos
Abro o peito numa fúria visceral
Fico nua
Me lanço ao amor
Me entrego ao desejo desmedido
noite mal dormida
corpos cansados
gozos intermináveis
as lágrimas marcadas
aos calafrios,
arrepios,
cheiros,
Nego os sonhos esquecidos
As cenas de novelas,
amores perfeitos
Ignoro o bucolismo arranjado
Saudosismo emprestado
Evito atalhos
Não corro da dor
Não fujo do apego intenso
que me consome os sentidos
Que me faz Mulher...