Sem Culpa
Naquele momento,
um templo de incertezas
se construía em peças
trazidas pelo tempo.
Um quebra-cabeças,
sem figuras ou embasamento.
Apenas um sentido,
duplo consentimento.
Aquele momento.
O inesperado toma forma
e possui a razão,
toma os segundos
em desejos sem pretensão.
As mesmas palavras,
um novo porquê.
A mesma pele,
uma nova sensação.
O mesmo coração,
uma nova direção.
Os mesmos olhares,
um novo entender.
A mesma boca,
um novo prazer.
O que se foi,
tem no agora
uma nova vontade,
quem sabe um querer.
Uma nova possibilidade,
quem sabe, ter.