Sem Culpa

Naquele momento,

um templo de incertezas

se construía em peças

trazidas pelo tempo.

Um quebra-cabeças,

sem figuras ou embasamento.

Apenas um sentido,

duplo consentimento.

Aquele momento.

O inesperado toma forma

e possui a razão,

toma os segundos

em desejos sem pretensão.

As mesmas palavras,

um novo porquê.

A mesma pele,

uma nova sensação.

O mesmo coração,

uma nova direção.

Os mesmos olhares,

um novo entender.

A mesma boca,

um novo prazer.

O que se foi,

tem no agora

uma nova vontade,

quem sabe um querer.

Uma nova possibilidade,

quem sabe, ter.

Débora Castro
Enviado por Débora Castro em 05/05/2014
Reeditado em 18/06/2024
Código do texto: T4794842
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