ADEUS À REVELIA
Caminhão a espera
Desde a hora
marcada
Não sei o que pensas
Deixe uma carta
Sobre o ventilador
Talvez aspire
Alguma vontade
Perdida vendida
Como comida
Tenho sapatos
Empoeirados
Não me perturbe
Com malícias
Seu gosto se vicia
Toda pose de um moço
Ensebado
Requer um moço
De posse dos trocos
Que podem ser deixados
Sorte a vida
Não queira sorte
A minha
Não deseje
O que despeja
Querendo sair
De qualquer sufoco
Pensando que o pouco
Que fizeste a outro
Tenha sido
Um elo cingido
Erguido
Estátua de pedra
Que marca
Seu castelo construído
De areia.