Frutos doces
Se calas,
murmuras, replicando o durante.
De olho preto e palpitante,
desafias, superas, paras o tempo
que sigo paciente, pensamento.
Se dizes,
diriges por ruas de procura,
mercado achando a lua escura.
Na penumbra de calor e luzir,
dou mil anos de eclipse, se sorris.
Se chegas,
dizes ‘hola’ com a língua de Neruda,
desinibidamente, devém, estudas
a voz que, acanhada, desnuda.
Se vais,
duplicas no céu a claridade
de chuva e sol, divisando marte,
e no asfalto, nós de nós, parte.
Poema publicado também na página pessoal do autor, Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.com.br).