Versos Ambíguos

Da alma lágrimas secas

tão salgadas como o mar

que em ondas fere a praia

nesse vai e vem de amar.

Meus olhos olham distantes

e o que vejo é uma ventania

e, o que vejo é uma poesia

e, o que escrevo é lúcido.

Meus sonhos voam distantes

e o que busco é fantasia

e, o que busco é além do dia

e, o que busco é felicidade;

mas vejo passar a idade

e inda me desconheço,

não sei se é dor que mereço,

não sei se é festa de recordação.

Só sei que o poema brota

da noite e do coração

que gelado desfaz-se de si

retornando e querendo partir.

Só sei que meus versos conotam

o que sinto, o que sei e não sei;

versos parcos versados ao rei

de um reino sem luz nem castelo;

e o ambíguo relento é singelo

e, o amor bate como martelo

desfacelando o reinado de paz

que era outrora e já não é mais.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 04/05/2014
Código do texto: T4793430
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