Artificial
 
Quem dera o silêncio,
Em altos brados, ecoasse amor!
Mas o silêncio é mudo e intransigente
E os seus tons de cinza
Tornam-me ainda mais descrente...
 
Quem dera o silêncio
Viajasse pelo espaço
e de lá me trouxesse
Poesia, afinal,
Talvez, por um momento,
Esquecesse este mundo infernal!
 
Quem dera, amor,
Quem dera!
 
Contudo o silêncio, impune,
Mente
E soa-me apenas
Artificial!

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Ariadne Cavalcante
Enviado por Ariadne Cavalcante em 03/05/2014
Reeditado em 14/03/2015
Código do texto: T4793077
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