NA CONCHA
As gargalhadas do lado da vizinha,
O tilintar de copos, brindando a alegria,
Fazem encolher-me ainda mais na concha.
Se eu ousasse mostrar as antenas,
Mesmo que por uma noite apenas,
Poderia transpassar o muro.
Mas o mundo de lá não é o meu
E penetrá-lo seria levar luz ao breu,
Singrar um mar desconhecido.
Por mais que tente,
São curtos meus tentáculos,
Minha fé definha, frágil e mansa
Então, seco as lágrimas, bem ligeira,
Sozinha e triste, abraço a dor companheira.
02,03.05 0h48min
As gargalhadas do lado da vizinha,
O tilintar de copos, brindando a alegria,
Fazem encolher-me ainda mais na concha.
Se eu ousasse mostrar as antenas,
Mesmo que por uma noite apenas,
Poderia transpassar o muro.
Mas o mundo de lá não é o meu
E penetrá-lo seria levar luz ao breu,
Singrar um mar desconhecido.
Por mais que tente,
São curtos meus tentáculos,
Minha fé definha, frágil e mansa
Então, seco as lágrimas, bem ligeira,
Sozinha e triste, abraço a dor companheira.
02,03.05 0h48min