Ah! Meu Rio de Janeiro
Em cada esquina um tropeço
Indistintos buracos espalhados
Um desalento a quem necessitar
Qualquer trecho ter de cruzar
Difícil pensar, sequer imaginar
Urgência de tantas obras
Terras, toda a cidade revirada
Atazanando quem aqui faz morada
Em nome do bem estar geral
Um viés quem sabe velado
Desolação grita na alma
A enxergar cada derrubada fatal
Viaduto antes substancial
Tornando fuga de óbice gigante
Na dureza diária de quem passa
Tornando-se agora rota agonizante
Paz e sossego, só o tempo dirá
No que o Rio de Janeiro será
Quem sabe se transformar
Talvez na cidade mais bela
Outrora sempre admirada
E pelo Redentor abençoada.